sábado, 6 de junho de 2009

As flores neste silêncio traduzem ternura

Sei que a saudade já anda a ultrapassar impossíveis.

Sei que as palavras,já pouco ou nada significam.

Sei que ando a aguardar o sorriso de quem é capaz de ofuscar o sol, e, de me aquecer a alma.

És a minha Estrela!
Brilhante e cintilante.
És tu que emites luz, numa variedade de cores diferentes.
O espectro da luz visível.
Vejo-te como a imagem que se vê na sombra.
Sabes quando a luz do Sol se decompõe através de um prisma?
És tu.
O meu Arco-Íris...

Simplesmente,
Mãe

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Fernando Pessoa e seus heterónimos.

Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta,
Em que as coisas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio devagar
Porque sequer atribuo eu
Beleza às coisas.
Uma flor acaso tem beleza?
Tem beleza acaso um fruto?
Não: têm cor e forma
E existência apenas.
A beleza é o nome de qualquer coisa que não existe
Que eu dou às coisas em troca do agrado que me dão.
Não significa nada.
Então porque digo eu das coisas: são belas?
Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as coisas,
Perante as coisas que simplesmente existem.
Que difícil ser próprio e não ser senão o visível!

Alberto Caeiro

terça-feira, 2 de junho de 2009

Que o meu Primo, descanse em Paz...

O porquê de morrer.
Continuamos a morrer...
Um pedacinho por dia.
A morte tem batido em minha porta.
Em dias de sol,
Dias cinzentos ou noite escuras.
Eu vou pedindo
Vai-te embora!
Deixa-nos respiras, viver...
Deixa-nos crescer,
Estou a apreender a perdoar,
a corrigir-me...
Mas, aquela voz pálida e fria persegue-me.
Olha-me com os olhos de trevas, e diz:
Hei de vir-te buscar, outro dia.

Funchal

Funchal