sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Durante a gestação, aprendi e errei.

Com a gravidez aprendi a perspectivar, a ser responsável, a respeitar o futuro.
As primeiras semanas, tive necessidade de contar a todos.
Era o meu sonho,e estava realizá-lo.
Tive enjoo, ansiedade, insegurança e sempre muita, muita felicidade!
Nove meses em mudança, igual a trinta e nove semanas cheias de novas experiências e sensações.
Gostei de todas as fases, era finalmente Mulher, e tinha uma nova vida dentro mim, e... sempre comigo, a crescer...
O meu corpo modificou-se e o estado emocional também.
Tive cuidados com alimentação da minha filha mesmo antes dela nascer.No útero, ela dependia totalmente da mim para receber nutrientes e oxigénio,para amadurecer e sobreviver ao nascer, e por isso fiz uma dieta alimentar perfeita a todas as grávidas.
Quando nasceu, sempre foi prioridade a alimentação com qualidade para ter um crescimento saudável.
( Enquanto outras crianças comiam batatas fritas, gelados e coca-cola, ela comia sopa de legumes, fruta, iogurtes, sem dramas, para ela, era assim e nem questionava se havia alternativa. Hoje, todos são saudáveis e ela não. Tem que cumprir uma dieta, e afastar-se de alguns prazeres gustativos.)
Um ponto negativo.
Fumei.
Pouquinhos cigarros por dia, nunca ultrapassei os cinco, mas, errei em continuar a fumar.O fumo pode ocasionar doenças do coração, isquemia cerebrais, problemas pulmonares, e mais ..., e, eu sabia-o.
Não tive a força em matar o vício da nicotina.

Hoje penalizo-me, estou em castigo, ela tem uma «proctite ulcerosa»,no intestino, não sei se o malefício do tabaco é a causa, mas, sem dúvida que sou eu a única culpada.

No dia 18 de Julho de 1987, no 8 mês, 36ª semana de gestação tive uma hemorrogia, foi o deslocamento prévio da placenta (...) , fiz repouso absoluto até a 39ª semana.
Diáriamente eram feitos vários exames pré-natal: -da ecografia à amniocentese. E tudo estava bem. Depois da expectativa e de alguns sobressaltos, aguardei com serenidade e muita felicidade a chegada da minha filha.


Ela está aqui !!!!!
Lutadora, mesmo já estando em sofrimento, nasceu por cesariana às 9h55, no dia 8 de Agosto de 1987,com o peso de 2,750Kg e 47,50cm de comprimento.

Tivemos alta no dia 16 de Agosto de 1987
Cresceu rodeada de amor,carinho, muita ternura e muitos afectos.

Continuo a procurar o sol para lhe dar luz, mas já não consigo dar-lhe a saúde.
As mães também erram, por excessos ou por falhas.
Eu, pelo vício do tabaco.

4 comentários:

Dalva M. Ferreira disse...

Mente quem disser que não mudou "nadinha" com a maternidade ou com a paternidade. A não ser que se esteja diante daqueles monstros que se vê por aí... gente que mata a própria cria, só falta comer. Na média, entretanto, é um degrau que se sobe. As minhas três rosas estão aí, sadias, mas o cigarro pode ter causado males ocultos por aqui. Queira Deus que não!

MarTIC@ disse...

A maternidade transforma uma mulher. Não falo por experiência própria (ainda) mas baseado naquelas que conheço.
A Concha é uma Super-Mãe! Pelo que escreve, a sua filha é e sempre foi o seu mundo! Tudo fez e faz para que não lhe falte nada. O essencial. Aquilo que verdadeiramente importa...
Não se culpe pela doença. Terá sido mesmo causada pelo tabaco? E se não fosse fumadora? Arranjaria outro motivo, para se culpar. As Mães (genuínas) são assim!Protectoras, disponíveis para os filhos, sempre a arcar com as culpas... Tudo em nome do amor pelas suas crias!
Acredito que a sua filha não a culpa. Ela sabe a Mãe que tem. Por isso, minha querida Concha, não se torture mais! O que está feito, feito está. Não podemos alterar o passado mas fazer do futuro um presente... está nas nossas mãos!
"Yes we can!" como diria o amigo Obama

Anónimo disse...

Sinceramente, acho que o tabaco não influenciou a "deformação" do meu intestino. Mas para ficares mais contente, podemos dizer que a culpa é dos “bichinhos do mar”!! =)beijao marta

Anónimo disse...

Sem dúvida alguma,a "Maternidade" é a fase mais bonita que uma mulher passa. Quando cometemos "erros" nessa fase nunca é com o intuito de fazer mal à nossa querida e rica filha. Passei por essa experiência, o meu parto foi prematuro(31 semanas)todos diziam que a culpa era de ser fumadora. Carrego até hoje essa culpa apesar de saber que não foi esse o motivo do nascimento prematuro. Tinha o útero muito descido e o cordão tinha dado uma volta, não chegava alimento à minha filha, esse foi o motivo de ser prematura.Ainda hoje carrego o fardo dessa culpa que não é minha...foi da natureza....
Não se culpe porque concerteza a culpa não foi sua. É uma SUPER MÃE, SUPER TIA, é um sonho de MÃE e um sonho de TIA.
MUITOS BEIJINHOS

Funchal

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